CRIANÇA É LUZ... É PAZ...

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quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

TREM DO ALFABETO XIX




Trem do alfabeto XVII.
Q: Nas trilhas dos morros
Escorregando pelos becos.
Reeditando um mapa
De minha morada
Até os céus.
Viajante: Vejo meus manos
Driblando as opções,
Dá das a um povoado de alma
Poética cantadas ao som de funk
Rimadas nos rap.
Condutor: Porém nem todos do morro
Curtem somente funk ou rap.
Uns vivem cantarolando Tom Jobim,
Espelhado na surdez de um morro Calado de muitos Beethoven.
Q: Se cada favela pudessem gritar!!!!
Gritariam um grito dos pequenos Mozart
Encurralados pelo sistema.
Viajante: Eles só querem respirar,
Eles só querem enxergar,
Eles só querem um motivo
Para olhar e gritar.
Eu estou aqui!!!!
R: Esperança mostradas e vividas
Nos olhos de muitas crianças.
Que comem do morro
o pó o odor e a lama oferecida
Sem muitas opções.
Viajante: Eu pensei que
Não teria poesia
Ou muito menos sobrenomes
Chamado Paz.
Q: Poetas vivem de sonhos
Poetas se alimenta de esperança
Poetas precisam de um simples motivos para cumprir com seus deveres e
Retratá cada palavras ao vento.
Condutor: Poetas precisam de poesias
Assim como as favelas precisam de respeito.




















Trem do alfabeto XVIII.
R: Renasceu a boa esperança
Em cada coração despedaçado.
Pude sentir e ver,
Mesmo com expressões sofridas
Um sorri estampado em cada rosto ali.
Viajante: Viajei por tantos lugares
Neste trem.
Mas aqui me vejo
Num espelho retorcido
Embaçado por cada beco
Em que passei.
Condutor: A seguro que
Neste trem do alfabeto
Todas as letras fluíram
Livremente em busca de sonhos.
E um sonho me chamou
Mas atenção,
Que levarei junto à mim.
R: Como cometas congelados
Viajando por órbitas desconhecidas
Até então,
Cada expressão vista ali ficará
Guardada nesse vagão.
Viajante: Sou criança e vivo de sonhos,
Mas meus mui sonhos foram deixados
Para atrás como pó cósmico.
Pois compreendi que nada é mais
Dolorido do que saber que
Nesta mundão de Deus ainda tem
Criança perdendo o direito de sonhar.
S: Não podemos esquecer que o futuro
De toda humanidade vem na forma de
Uma criança.
Condutor: Daqui partiremos
com um sonho guardado
Na direção do mundo do sorriso.
A final pra mudar um mundo
precisamos sorri.





















Trem do alfabeto XIX.
S: Fui ao circo para sorri,
Ve o palhaço sorriso solto.
Com trapézio e um quadro
Em branco.
Viajante: Maluco beleza se apresentar
Com seu inconfundível
irmão bola de neve.
Ambos dançam sem parar
minha dança predileta.
Condutor: No teu sorriso me encontro
E deixo sai no cantinho
de minha boca,
um gesto na proporção de
um simples sorriso.
S: Brinco de pique cola,
Me imagino em um roda moinho.
Faço coisas que minha
Imaginação cria na hora.
Viajante: Cada dente mostrado
Voam como poemas
De dentro de mim.
Ao encontro do palhaço sorriso solto.
S: Senhoras e senhores
É com enorme prazer que
Vós apresento o pequeno polegar.
O camarada mais eloquente
Que conheci.
Pula feito mola
Caminha como gato
Enxerga igual a águia.
Porém deixar escapar
Entre os dedos um sorriso
De criança
Um abraço de mancebo
Um amor juvenil.
Viajante: Neste circo tem de tudo
E mais um pouco.
Só não entra aqui
Guerra, dor, e palavras tortas.
Até porque o trem só leva coisas boas.
Condutor: Levarei daqui aquele quadro
Em branco junto do sonho que
Busquei anteriormente na favela.
T: Trago boas notícias,
Do outro lado do mundo,
Perto do pólo norte.
Condutor: siga me viajante
E veremos o que é aquele grande brilho nos céus.

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