CRIANÇA É LUZ... É PAZ...

CRIANÇA É LUZ... É PAZ...

quinta-feira, 12 de junho de 2014

CRIANÇA PRECISA DE CARINHO, RESPEITO E ATENÇÃO...DESAFIO...

 
 
 
Bernardina Pinto Mãe, eu preciso de ti!

Mãe, eu quero que me ouças,
quero brincar,
quero ser amada...
Mãe, não ralhes tanto comigo,
quando faço asneiras
ou parto alguma coisa,
lembra-te que as minhas mãos
ainda são pequeninas...

Mãe, ás vezes quero colo,
teus mimos e sorrisos...
Preciso do teu carinho e protecção!

Preciso que me aceitem,
tal como eu sou...
Na escola riem quando gaguejo
ou faço muitos erros,
mas estou ainda a aprender!

Mãe, preciso todos os dias
do teu apoio, que me ouças,
preciso de falar o que sinto...
Mãe, não corras tanto...
Dá-me um pouco de atenção,
preciso do teu beijo,
dos teus abraços
para sentir-me amada
e conseguir dormir feliz!

Bernardina Pinto
 
 
 
Bernardina Pinto Toda a Criança...merece ser feliz e sorrir!

(Dedicado a todas as crianças que vivem na rua e são infelizes)

Criança triste que choras à noite,
olhando as estrelas e fazes um pedido.
De dia, andas pelas ruas da cidade,
Vagueando e roubando, meio perdido.

Tens frio, fome e tremes com temor
Fazes tudo por dinheiro, andas a vadiar.
Não tens uma infância com amor
Nem casa nem cama para descansar.

Abandonaste tua família, vivias infeliz
Por maus tratos e pobreza
Tu não passas de uma criança petiz
Devias viver sem tristeza.

Mereces outra vida, criança de coração
Tu és um ser lindo, igual a outra criança
Devias ter carinho, mimos e protecção
Muitos sorrisos e viver com esperança.

Todos as noites choras e falas à lua
Pela tua vida sem qualquer magia
Tem força criança, a vida é tua
Saí dessa pobreza com alegria.

Pede ajuda a algum teu irmão
Tens direito a sorrir todos os dias
Ter uma vida com amor e pão.
Viver teus sonhos com alegrias.

Bernardina Pinto
 
Ira Rodrigues MEU ROSTO SUJO

Mãos calejadas
A enxada na mão
Caneta eu não tenho não
Tenho pé no chão...

Escola eu não conheço
Só sonho desiludido
Nesse meu corpo encardido.

Nem criança posso ser
Já não tenho mais esperança
De um dia acordar criança...

Só vejo meu futuro condenado
Nessa vida de desengano
Onde a sociedade
Continua explorando...

Nunca tive um brinquedo
A enxada é minha diversão
Sou mais uma menina sem nome
Que trabalha para não morrer de fome...

Irá Rodrigues
Ontem às 19:42 · Descurtir ·
 
 
Elair Cabral ABRAÇA-ME, MÃE

Corri rumo ao meu tempo...
O mais esperado momento!
Cheguei para estreitar os laços...
Louco por um abraço...
E seus braços não se mexeram
Emudeceram...
Ficaram inertes, frios... Parados...
Sonhei tanto com aquele abraço
Apertei seu corpo junto ao meu...
Mas, Você não se moveu...
Fiquei sentindo seu corpo flácido!
Eu... Só queria um abraço!
Esperei que circundasse minha saudade
Triste verdade...
Braços sem expressão
Sem emoção...
Apontando para o fim
Pobre de você... Pobre de mim...
Ficamos ali... Você ausente...
Eu, pródigo do presente!
Meu rosto junto ao seu...
E seus braços não se moviam
Minha carência não viam...
Mãe, só queria saber por que?
Tantas dores pesaram sobre você,
que seus braços não mais se movem?
O calor de um abraço,
Não mais te comove?
Por que não me abraça, mãe?

Elair Cabral
 
 
 
 
 
 
 
 
Paulina Lima Rodrigues Pedra Preciosa

Estava eu no meio de uma missão
Com um dragão poderoso e imortal
Quando me deparei com um episódio
Inacreditável e fora do normal
Uma mãe pedra, já quase destruída
E agonizante dando a luz
A uma preciosa pedra, sem sangue
Sem placenta, sem cordão umbilical!

Foi uma cena muito forte, chocante
E sentimental
Vi soldados correndo como boiadas
Com suas mãos cheias de dedos
Pegarem aquela pedra preciosa
Coberta de poeira
Ela poderia não resistir e morrer
A caminho do hospital!

De sua mãe soterrada nada sei ao certo
Mas por sua bravura de mãe pedra
Serena e briosa, com certeza
Ao seu redor nascerão flores
Ornamentando o seu deserto!

Já a pequena pedra preciosa
Que a menina dos meus olhos
Fotografou
Vai ficar estampada
Viva na parede de minha memória
O segredo da pedra preciosa
No corpo perfeito, empoeirado e terno
De uma criança!

Paulina Rodrigues
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Elair Cabral SETE BILHÕES DE ÓRFÃOS

Não se aprende discernimento a ponta pés. O que é ensinado pela dor embrutece a empatia e asfixia a razão. A estupidez inventa as justificativas necessárias para os hábitos de barbárie, chama-os de justos e necessários. É a marca da besta fazendo filhos em nossos irmãos, calcinando a humanidade em zonas de conforto ignorantes a inexorável alternância de forças.

Quantos gritos são precisos
quando a inocência se foi?
Entre o pai e o filho há menos
tapas e rasgos que o descaso entre
avô coagulado e a educação entorpecida.

Oh mãe, rogai por nós pecadores, amai-nos sem reservas e sem mistérios, não apenas como respondemos a quem nos tem deveres. Acuda nossa fome de afeto com sua bendita generosidade, sua maleável ternura. Que a sua vasta receptividade seja o lar fecundo para todas as sementes de carinho que existem em nossos corações, que encontremos abrigo mesmo quando andarmos por caminhos tortos.

Elair Cabral
Itacir Gabral
07/06/14
 
 
 
 
 
 

  • Bosco da Cruz O menino brinca com a bola,
    A menina, com a boneca.
    Mais tarde, os dois vão pra escola ,
    Crianças inteligentes e sapecas.
    Amanhã, serão doutores,
    Advogados, promotores,
    Elegantes, trajados com as suas becas.

    Bosco da Cruz
 
 
Paulina Lima Rodrigues Violência doméstica (1)

Aconteceu a ela pela primeira vez
A monstruosa violência doméstica
Aos seus quatro aninhos de vida
A cruel tentativa de estupro
Por quem mais deveria defendê-la
Zelar de sua honra, mas o bicho papão queria mesmo era papá-la

Ficou uma criança arredia, amedrontada. Emudecida, com muita dificuldade de se relacionar.
Aos seis anos para completar os sete aninhos
Sofreu a mesma tentativa de antes, por outro familiar.
A criança acorda com muito medo e muita falta de ar!

Tomou coragem e foi à avó pediu socorro e nela encontrou apóio.
A criança tinha muito medo de ficar sozinha,
De deitar, de dormir, sentia calafrio.
Constantes eram seus pesadelos, que já não aconteciam só à noite, mais de dia também.
Ninguém percebia o estrago que com ela fizeram no silêncio!

Dos sete até os dez anos
A violência doméstica continuou
Em mão de outra parenta, a criança foi trabalhar como babá, se o bebê a chorasse a criança apanhava, era violentada verbalmente
Levava murros na cabeça, era pisoteada no pescoço, apanhava de cabo de vassouras.
Apanhava e trabalhava de portas fechadas
Cozinhando arroz, lavando louças, roupas
Arrumando as mesas e fazendo saladas!

Cartilha para estudar, mas a criança com sua mente violentada, nada conseguiam assimilar
Então recebia os piores maus tratos físicos e emocionais, recebe como se fossem golpes de machado em sua nuca
Ao se desvencilhar das mãos algoz de sua agressora, corria para o seu quarto e não queria sair mais de lá!

Suas emoções foram abaladas, aumentado assim sua baixa-estima.
A violência doméstica uma criança morrer precocemente, tende a uma mal desenvolvimento para a conviverem na sociedade, por causa de seus conflitos, frustrações que estão armazenados em sua memória, vivendo acorrentada mentalmente!

Não...
À violência doméstica.
Vamos entrar nessa luta.
Buscar ajuda para libertar.
Os encarcerados.
Fazer da poesia uma ponte.
De interligação, levando solidariedade.
Fraternidade e esperança.
Vamos fazê-las conquistar seus objetivos e sonhos.
Para que todas as crianças tenham:
A dignidade de crianças.
Não deixando que sua infância seja roubada!

Paulina Rodrigues
 
  
 
 
 
 Leonel Anjos Neves Trabalho infantil - quatro crianças

João – Tem dez anos, anda na escola e ajuda o pai na agricultura
Pedro – Tem dez anos, anda na escola e é ator de novelas
Manuel – Tem dez anos, não anda na escola e é ajudante de pedreiro
António – Tem dez anos e apenas estuda

João
Meu pai labuta na agra,
Trabalho duro, confesso.
Eu ajudo-o quando posso,
E se posso me alegra.

Gosto de apascentar,
Pegar um anho nos braços.
Não sei o que são cansaços
Que possa lamentar.

Outras coisas que faço
E me dão muito prazer
É levar o gado a beber
E tirar água do poço.

O tempo de que disponho
Dá para brincar
E para estudar
E perseguir o meu sonho.

Pedro
Minha mãe é atriz
E meu pai encenador
E este petiz
Que aqui vedes é ator.

Levanto-me cedo
Para ensaiar,
Às vezes tenho medo
De não aguentar.

Chego à noite cansado
De estudar e representar,
Estou sempre tão ocupado
Que não tenho tempo pra brincar.

Manuel
Minhas mãos
Estão calejadas,
Como as de meus irmãos
De infortúnio,
Estigmatizadas.

Do nascer ao sol-pôr,
De segunda a sábado,
Com frio ou com calor,
Meu corpo vergado,
Por vezes sem comer,
A alma sempre triste
Pelos cantos a gemer…
Deus não existe!

Não sei o que é brincar,
Nem o que é um afeto,
Passo os dias a trabalhar,
As noites ao relento,
Sem nenhum alento
Para ir em frente,
Sem luz ao fundo do túnel
A que me possa agarrar,
Tendo por companhia
As lágrimas que sangram
Dos meus olhos tristes
Que ninguém vê
Nem quer saber.

António
Sou um sortudo,
Estudo e brinco,
Tenho tudo.

Será que tenho?

Tudo que quero
Consigo,
Mesmo assim
Não está tudo bem comigo.

Sinto-me inútil,
Gostava de ajudar
Meu pai no escritório,
Mas ele diz que é
Trabalho infantil,
Que não posso.

Sou uma criança,
Há coisas que não devo fazer,
Mas outras dar-me-iam confiança
Para meu caminho percorrer.

Leonel Anjos Neves
 
 


Trabalho infantil

Frente a uma agressão, calados,
talvez até, por uma falta de amor;
crianças e jovens, tão maltratados,
recolhidos em si, por tanta dor...

A violência plena, já faz sua ronda,
tornando-se o cotidiano (que ironia!),
de uma espécie de gente, hedionda,
envoltas no manto de sua covardia...

Pobres crianças! Vida não é castigo!
Se Deus entende que o homem erra,
o porquê, então, desse crime antigo...

Se, à escravidão, já se fez a guerra,
não será assim que o trabalho se faz,
com as mãos de um ser incapaz...

Oswaldo Genofre – 02/06/2014
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CRIANÇA TEM QUE VIVER CRIANÇA –

Colocar uma criança para trabalhar
É deixar que a vida engolisse essa fase
Explorar uma criança é coisa de sem noção
Presta bem atenção isso merece punição...

Cada um tem que viver um dia de cada vez
Criança tem que estudar para um dia poder lutar
Ela também tem que brincar
Um dia será adulto ai sim vai trabalhar...

Criança é luz divina que Deus projetou
Para que vivam com alegria
Que sejam abraçadas pela família
Com amor carinho e harmonia...

Irá Rodrigues 02;06;2014
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Cotidiano

À paz, que este mundo tanto invoca,
talvez ainda, muito longe e distante,
louvem-se certos atos, nada em troca,
deixando-me à vida, mais confiante...

Da criança e adolescente, o estatuto,
pelos dias de hoje, ainda desafiante,
embora, das crianças, o salvo-conduto,
numa sociedade triste e degradante...

Medidas certas, mesmo aos poucos,
ainda que o problema, não se resolva,
deixam a esperança aos gritos roucos...

Às crianças, tire-se a sua fome e frio,
às drogas e, pobreza, todo o seu fastio,
numa bondade, que a todos, envolva...

Oswaldo Genofre – 02/06/2014
 
 
 
 
 

  • Vânia Lúcia Feijó RELATO DE UM MENINO
    Tantos casos assim são relatados
    Tantos acontecimentos não resolvidos
    Muitas crianças morrendo e qual foi o
    Resultado?
    Projetos estão somente no papel,mais
    Pergunto....
    Quando vamos ver nisso tudo seu
    Funcionamento?
    Somos agredidos,maltratados por nossos
    Próprios pais,que dirá pór esta sociedade
    Não tenho condições de pagar uma boa
    Faculdade,preciso primeiro aprender ser
    Um bom cidadão e reconhecer com isto os
    Os meus verdadeiros direitos....
    Me dizem a cada dia ...
    Você tem que trabalhar,para em casa ajudar
    Trabalho dobrado e dizem os patrões que
    Não é escravo,pois eles a todos pagam...
    Não sei o que na verdade pensam esses
    Nossos governantes...
    E que mundo eles querem nos dar...
    Tiram de nós as oportunidades,mais com
    Facilidade quando erramos mandam nos
    Prender ou somem com nossos cadáveres
    Queremos uma vida normal,sem as
    Humilhações e os diálogos falsos que
    A nós fazem...
    Mais iremos de lutar e venceremos por
    Um mundo melhor,pois acredite que a
    Justiça humana tem suas falhas,mais a
    De Deus tarda mais não falha...
    Vânia Feijó - 01\06\14
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Leonel Anjos Neves Crianças vítimas de agressão

Sou uma criança,
Possuo o condão
De manter a esperança
Num porvir feliz e são.

Quem me agredir
Merece cem anos de prisão.
Não me venham pedir
O que não me dão.

Se for maltratada
Serei um adulto revoltado,
Se me sentir amada
Esse amor será por mim multiplicado.

Meus direitos
Estão consagrados,
Mas esbarram nos peitos
De seres alienados.

Leonel Anjos Neves
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ira Rodrigues NÃO SE CALE DENUNCIE

Criança tem que brincar e estudar
O tempo de trabalhar vai chegar
Cada coisa no seu tempo e no seu lugar
Então deixa de explorar...

Tem criança por ai que trabalha para sustentar
O pai que só quer beber
A mãe que não quer nem saber
Se o filho ainda é criança para esse mundo entender...

Criança que trabalha forçado
Os estudos ficam largados
Os sonhos acalentados
E assim o tempo passa a criança só ficou no passado...

Irá Rodrigues

Um comentário:

  1. OBRIGADA AMIGOS PELOS BELOS POEMAS,, CADA UM COM SUA FORMA QUE NOS ENCANTA...

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OBRIGADA A TODOS PELA VISITA E COMENTÁRIO..